segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Minha dieta

Olá!!!

   Pessoal, como sabem, estou fazendo melhores escolhas de vida, o que implica no emagrecimento!

   Desde que comecei, há 10 dias, perdi 3 Kg, passando de 75 Kg a 72 Kg.
Minha pesagem de hoje constatou 71, 6 Kg.

    Estou perdendo cerca de 300 g por dia, o que significa, 2,1 Kg por semana.
O objetivo é chegar a 65 Kg, mais 6 Kg pela frente.

   Estou fazendo os exercícios da Jillian Michaels 6 vezes por semana mais 1 aula de zumba para potencializar. Isto toma cerca de 1h30min do meu dia. Para você que não tem tempo para tanto, acredito que apenas as aulas da Jillian sejam suficientes, pois o treino é bastante pesado. A perda de peso pode ser mais lenta ou mais rápida, de acordo com o organismo.

    Ontem enfrentei uma batalha grande entre as batatas do Mc Donalds e a dieta e não consegui resistir. Estou preparada para enfrentar as consequências em breve. Mas, o pensamento é este: Caí, mas levanto! Errei, mas conserto o erro! Isto pode atrasar um pouco mais a perda de peso, mas não é o fim da dieta!

   Quanto a alimentação, reduzi as porções, cortei doces, frituras e janto apenas saladas variadas. No início sofri bastante, mas hoje o organismo já está tão acostumado que até estranha quando há alguma mudança de hábitos.

    Agora, creio que a perda de peso será um pouco mais lenta, pois o organismo já começa a resistir a deixar as gordurinhas saírem do corpo, mas mantenho o foco e até o fim da semana pretendo estar com 68 Kg. Vamos nessa!!!!

...

Estou triste hoje.

       Uma pessoa muito querida da vizinhança faleceu hoje de uma forma bem inesperada.           Alguém realmente muito especial que, com certeza, hoje está com Jesus.
      Isto me fez refletir a respeito do sentido de nossas vidas e onde queremos chegar.               Quem nunca sentiu isso? Se perguntou qual o sentido da vida, qual o sentido de tudo isso? Quem tem a resposta?
      Essa pessoa deixou boas lembranças. Me recordo que, em momentos difíceis pelos quais passamos, recebemos sua visita, sempre com palavras de conforto, ajuda de cunho material também. Saudade. Esta é a palavra. Saudade de alguém que realmente fez a diferença na vida de muitas pessoas, não só na minha.
       Será que é a isso que devemos chegar? Passar pelo mundo deixando um rastro de amor, generosidade, diferença na vida das pessoas?
      Será que estou no caminho certo?
      Vou parar de escrever sobre isso pois as lágrimas já vem aos meus olhos.

       Sr. João, desejo sinceramente que Deus o tenha em suas mãos, enquanto nós o temos em nossas memórias. Vá em paz.

A gente se acostuma

Caras leitoras,

        Não sei se conhecem o Abujamra do programa Provocações. Bem, o cara é um crânio e uma das pessoas que eu mais admiro.
        Ele recitou um texto de Marina Colasanti, " A gente se acostuma", que eu achei tão verdadeiro e se encaixa perfeitamente em nosso contexto.


Vale a pena ouví-lo na voz do Abujamra ou lê-lo.


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem outra vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz aceita ler todo dia, de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios, a ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar por ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável, à contaminação da água do mar, à lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galos na madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua o resto do corpo.. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto acostumar, se perde de si mesma.